Atlântida ou Atlantis (em grego, Ἀτλαντίς - "filha de Atlas") é uma lendária ilha ou continente cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida".
Nos contos de Platão, Atlântida era uma potência naval localizada "na frente das Colunas de Hércules", que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e África 9.000 anos antes da era de Solon, ou seja, aproximadamente 9600 a.C.. Após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, Atlântida afundou no oceano "em um único dia e noite de infortúnio".
Estudiosos disputam se e como a história ou conto de Platão foi inspirada por antigas tradições. Alguns pesquisadores argumentam que Platão criou a história mediante memórias de eventos antigos como a erupção de Thera ou a guerra de Tróia, enquanto outros insistem que ele teve inspiração em acontecimentos contemporâneos, como a destruição de Helique em 373 a.C.[1] ou a fracassada invasão ateniense da Sicília em 415–413 a.C..
A possível existência de Atlântida foi discutida ativamente por toda a antiguidade clássica, mas é normalmente rejeitada e ocasionalmente parodiada por autores atuais. Como Alan Cameron afirma: "é só nos tempos modernos que as pessoas começaram a levar a sério a história de Atlântida, ninguém o fez na Antiguidade".[2] Embora pouco conhecida durante a Idade Média, a história da Atlântida foi redescoberta pelos Humanistas no período da Idade Moderna. A descrição de Platão inspirou trabalhos utópicos de vários escritores da Renascença, como Francis Bacon em "Nova Atlântida". Atlântida ainda inspira a literatura, da ficção científica a gibis, até filmes, seu nome tornou-se uma referência para toda e qualquer suposição sobre avançadas civilizações pré-históricas perdidas.
A menção conhecida mais antiga é a feita pelo filósofo grego Platão (428-347 a.C.) em dois dos seus diálogos (Timeu e Crítias).[3] Platão conta-nos que Sólon, no curso das suas viagens pelo Egito, questiona um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo e que este lhe fala de umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais dos tempos entre os atenienses e o povo atlante. Segundo o sacerdote, o povo de Atlantis viveria numa ilha localizada para além dos pilares de Heracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava.
Quando os deuses helênicos partilhavam a terra, conta o sacerdote, a cidade de Atenas pertencia à deusa Atena e Hefesto, mas Atlântida tornou-se parte do reino de Poseidon, deus dos mares.
Em Atlântida, nas montanhas ao centro da ilha, vivia uma jovem órfã de nome Clito. Conta a lenda que Poseidon ter-se-ia apaixonado por ela e, de maneira a poder coabitar com o objeto da sua paixão, teria erguido uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada. Desta maneira viveram por muitos anos e desta relação nasceram cinco pares de gêmeos. Ao mais velho o deus dos mares batizou de Atlas. Após dividir a ilha em dez áreas circulares, o deus dos mares concedeu supremacia a Atlas, dedicando-lhe a montanha de onde Atlas espalhava o seu poder sobre o resto da ilha.
Em cada um dos distritos (anéis terrestres ou cinturões), reinavam as monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseidon. Reuniam-se uma vez por ano no centro da ilha, onde o palácio central e o templo a Poseidon, com os seus muros cobertos de ouro, brilhavam ao sol. A reunião marcava o início de um festival cerimonioso em que cada um dos monarcas dispunha-se à caça de um touro. Uma vez o touro caçado, beberiam do seu sangue e comeriam da sua carne, enquanto sinceras críticas e cumprimentos eram trocados à luz do luar.
Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza vegetal e mineral. Não só era a ilha magnificamente prolífica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc., como ainda de oricalco, um metal que brilhava como fogo.
Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior. Entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.
Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.
Pouco mais se sabe de Atlântida. Segundo Platão, esta foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terremoto ou maremoto) cerca de 9000 anos antes da sua era. Segundo Roger Paranhos, em seu livro "Akhenaton - A revolução espiritual do antigo Egito"[4] o continente de Atlântida foi destruído por um cometa. Talvez essa teoria possa ser corroborada pela Hipótese do Cometa Clóvis [5], que advoga que um evento de explosão aérea ou impacto terrestre de um ou mais objetos do espaço há cerca de 12.900 e 10.900 anos e desencadeou um período glacial conhecido por Dryas Recente, que pode ter atingido o continente perdido e o submergido.
Crê-se ainda que os atlantes teriam sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo, acabando por ser dizimados pelos atenienses.
Outra tradição completamente diferente chega-nos por Diodoro da Sicília, em que os atlantes seriam vizinhos dos líbios e que teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.
Segundo outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época e, ao prever a destruição iminente, teria emigrado para a África, sendo os antigos egípcios descendentes dos atlantes.
Na cultura pop do séc. XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.
Teorias e hipóteses sobre sua existênciaO tema Atlântida tem dado origem a diferentes interpretações, das cépticas às mais fantasiosas. Segundo alguns autores mais céticos, tratar-se-ia de uma metáfora referente a uma catástrofe global (identificada, ou não, com o Dilúvio), que teria sido assimilada pelas tradições orais de diversos povos e configurada segundo suas particularidades culturais próprias. Consideram também que a narrativa se insere numa dada mitologia que pretendia explicar as transformações geográficas e geológicas devidas às transgressões marinhas.
Teoria Platônica
De acordo com Platão, no livro Atlântida, esta cidade estaria além das colunas de Hércules (estreito de Gibraltar) próxima a uma região conhecida como Quadrilátero de Canais. Este Quadrilátero foi, assim, descrito por Crítias:
"Havia montanhas numerosas, próximas à planície da cidade, ricas em habitantes, rios, lagos, florestas em tão grandes números de essências, tão variadas que davam abundância de materiais próprios para todos os trabalhos possíveis. Ora, na planície, pela ação de muitos reis (…) construiu-se um Quadrilátero de lados quase retilíneos e alongados, onde os lados se afastavam em linha reta,(...) cavando-se o fosso contínuo que rodeava a planície. Quanto a profundidade, a largura e desenvolvimento desse canal é difícil de crer que a obra tenha saído das mãos humanas.(...) O fosso recebia os cursos d'água que desciam das montanhas, fazia a volta à cidade, e de lá, ia esvaziar-se no mar.(...) Para carregar a madeira das montanhas, para levar de barco outros produtos de estação, cavavam-se, a partir de canais, derivações navegáveis, de direção oblíqua uma em relação às outras e em relação à cidade."[6]
Nota-se, pelo depoimento, que a cidade ficava próxima a uma estrutura de canais cujo o próprio Crítias considerava: "é difícil de crer que a obra tenha saído das mãos humanas". Além disso, pelas outras informações e descrições, a cidade teria um formato circular e estaria a frente dessa gigantesca geometria quadrangular.
Teoria do antigo continenteHá ainda a versão, como a defendida pelo cientista brasileiro Arysio Nunes dos Santos, segundo a qual Atlântida seria nada mais do que o nome grego para uma civilização ancestral, que teria sido descrita com diferentes nomes nas mais diversas culturas. Para Arysio, a Atlântida supostamente real ficaria na Indonésia e diversos povos do mundo, como os gregos, egípcios, hindus e mesmo os índios tupis, seriam descendentes dos atlantes. Ainda, segundo essa teoria, diversas descobertas científicas como a criação do alfabeto, das culturas agrícolas, da pecuária e do cavalo, seriam tributárias dos atlantes.
Teoria de TântalisAlguns pesquisadores acreditam que a Atlântida, nome derivado do titã Atlas, é uma releitura grega da antiga cidade, também perdida, de Tântalis, nome derivado do deus Tântalo. A lenda de Tântalo seria essencialmente a mesma de Tântlis, sendo tântalo uma releitura lídia de Atlas.[7] A Atlântida então, segundo essa versão, nada mais seria que a versão grega da antiga capital da Lídia, Tântalis, conhecida também como Sipylus, que se localizava nas terras de Arzawa, situada na costa ocidental da Anatólia.[8] Segundo escritos antigos e autores clássicos,[9] a cidade antiga de Tântalis sucumbiu, devido a um grande terremoto que despedaçou o monte Sipylus, afundando, após isso, nas águas que brotaram de Yarikkaya, uma ravina profunda, transformando-se no lago Saloe. Durante o século XX, o lago Saloe, último vestígio de Tântalis, foi esvaziado sem cerimônia para abrir mais espaço para a agricultura.[9]
Teoria da AntártidaNa década de 1960, o professor Charles Hapgood, tentando entender como ocorreram as eras glaciais, propôs a teoria de que o gelo que se acumula nas calotas polares provocaria um peso suficiente para que o polo terrestre se deslocasse sobre a superfície da Terra, carregando outro continente para o polo e causando uma era glacial nesse lugar.[10] Segundo essa teoria, uma parte dos Estados Unidos já teria se tornado o polo norte e a Antártida já teria se localizado mais acima no Oceano Atlântico, entre a Argentina e a África. Se valendo dessa teoria, o polêmico jornalista britânico Graham Hancock propôs que o continente perdido de Atlântida seria, nada mais, do que a Antártida antes do último período glacial, quando estaria mais alta no Oceâno Atlântico, e as cidades Atlântidas, por sua vez, estariam em baixo de grossa camada de gelo, tornando impossível sua investigação arqueológica. Essa teoria seria ainda confirmada por uma mapa, o mapa dos antigos reis dos mares, feito por Piri Reis no século XVI, baseado em mapas antigos,[10] que mostra um estranho formato para a América do Sul, que seria não a América do Sul, mas sim a Antártida na sua localização não polar. Essa teoria é aceita por alguns, porém não pelos estudiosos atuais[10] que afirmam que o peso dos polos não seria suficientemente grande para fazer mover os continentes na superfície da Terra, e, ainda, descobriram que o mapa de Piri Reis é realmente o mapa da América do Sul, porém, tendo como referência a cidade do Cairo, o que deu um formato diferente ao continente. Ainda, fotos de satélite tiradas a partir da cidade do Cairo, comprovaram que o formato da América do Sul, vista do Cairo, é como o mostrado no mapa.[10] Outro problema encontrado com esse mapa é que sem o gelo a Antártida teria um formato diferente do que o mostrado, já que o nível da água subiria e deixaria aquele continente com várias ilhas.
Teoria extra-terrestreUma das mais polêmicas teorias sobre a Atlântida foi proposta recentemente pelo pesquisador Prof. Ezra Floid.
Partindo do desenho de cidade circular descrito por Platão, Floid propõe que Atlântida se tratava de uma gigantesca nave espacial, um disco-voador movido à hidrogênio, hidromagnetismo, com uma usina central de Hidro-Forças, chamada de Templo de Poseidon: um imenso OVNI descrito por muitas culturas como "A Ilha Voadora" (citada em Viagens de Gulliver), relacionada com a Jerusalém Celestial descrita na Bíblia, à Purana Hindu que desce do Céu, o Disco Solar dos Astecas, Maias, Incas e Egípcios. Sendo Atlântida uma missão colonizadora, ela teria estado em muitos pontos da Terra, pois se locomovia e se instalava em regiões; este teria sido o motivo pelo qual sua presença ora é imaginada no Mediterrâneo, ora na Indonésia, ora no Atlântico, nos Polos e nos Andes: Atlântida seria a mesma nave descrita na epopeia dos Sumérios. Segundo esta teoria inovadora do professor Ezra Floid, Atlântida não teria submergido catastroficamente, mas intencionalmente, como parte do projeto colonizador que seu povo realizava no planeta. Após permanecer algum tempo no fundo do mar como cidade submarina, o disco-voador atlante teria usado também a hidroenergia de emersão para lançar-se diretamente no espaço sideral, provocando com sua massa e seu arranque poderoso uma enorme onda circular de tsunami no oceano onde estaria oculta. Os sobreviventes deste tsunami, após a tragédia, teriam julgado que Atlântida havia afundado. No entanto, os atlantes apenas teriam voltado para seu sistema natal.
Hipóteses sobre a localização geográfica
Há diversas correntes de teóricos sobre onde se situaria Atlântida, e sobre quem teriam sido seus habitantes. A lenda que postula Atlântida, Lemúria e Mu como continentes perdidos, ocupados por diferentes raças humanas, ainda encontra bastante aceitação popular, sobretudo no meio esotérico (não confundir com os antigos continentes que, de acordo com a teoria da tectónica de placas existiram durante a história da Terra, como a Pangeia e o Sahul).
Alguns teóricos sugerem que Atlântida seria uma ilha sobre a Dorsal Oceânica que - no caso de não ser hoje parte dos Açores, Madeira, Canárias ou Cabo Verde - teria sido destruída por movimentos bruscos da crosta terrestre naquele local. Essa teoria baseia-se em supostas coincidências, como a construção de templos em forma de pirâmide na América, semelhantes às pirâmides do Egito, fato que poderia ser explicado com a existência de um povo no meio do oceano que separa estas civilizações, suficientemente avançado tecnologicamente para navegar à África e à América para dividir seus conhecimentos. Esta posição geográfica explicaria a ausência concreta de vestígios arqueológicos sobre este povo.
Alguns estudiosos dos escritos de Platão acreditam que o continente de Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo culturalmente avançado e coberto de riquezas seria o povo Chavín, da Cordilheira dos Andes, ou os olmecas da América Central, cujo uso de ouro e pedras preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terremotos comuns nestas regiões poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos poderiam tê-las abalado de forma violenta por um período de tempo. Através de diversos estudos, alguns estudiosos chegaram a conclusão que Tiwanaku, localizada no altiplano boliviano, seria a antiga Atlântida. Essa civilização teria existido de 17.000 a.C. a 12.000 a.C., em uma época que a região era navegável. Foram encontrados portos de embarcações em Tiwanaku, faltando escavar 97,5% do local.
Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma mitificação da cultura minóica, que floresceu na ilha de Creta até o final do século XVI a.C. Os ancestrais dos gregos, os micênicos, tiveram contato com essa civilização culturalmente e tecnologicamente muito avançada no início de seu desenvolvimento na Península Balcânica. Com os minóicos, os micênicos aprenderam arquitetura, navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da cultura helênica posterior. No entanto, dois fortes terremotos e maremotos no Mar Egeu solaparam as cidades e os portos minóicos, e a civilização de Creta rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo tenham ganhado proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o conto de Platão.
Uma formulação moderna da história da Atlântida e dos atlantes foi feita por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Teosofia. Em seu principal livro, A Doutrina Secreta, ela descreve em detalhes a raça atlante, seu continente e sua cultura, ciência e religião.[11] Existem alguns cientistas que remetem a localização da Atlântida a um local sob a superfície da Antártica.
A localização mais recente foi sugerida pela imagem obtida com o Google Earth por um engenheiro aeronáutico e publicada no tablóide The Sun,[12] mostrando contornos que poderão indicar a construção de edifícios numa vasta extensão com dimensões comparáveis ao País de Gales e situado no Oceano Atlântico, numa área conhecida como o abismo plano da Ilha da Madeira.
Apesar das suposições do engenheiro, a região se assemelha muito as considerações de Crítias sobre o Quadrilátero, por sua grandeza, suas ramificações. Há também, a frente dessa gigantesca estrutura, uma pequena geometria circular cujo é dividida em quatro secções pelas ramificações que se cruzam, conforme as menções sobre os canais que envolviam a cidade, referidos no livro de Platão[6].
Atlântida na cultura popular
Algumas referências a Atlântida na mídia:
A Queda de Atlântida, romance de Marion Zimmer Bradley e sua continuação imediata, Os Ancestrais de Avalon escrito por sua colaboradora Diane L. Paxson.
Atlântida, o Continente Perdido (Atlantis, the lost continent), filme estadunidense de 1961, dirigido por George Pal.
Vinte Mil Léguas Submarinas, romance de Julio Verne: No capítulo XI, o náutilo visita as ruínas de Atlântida.
Morte no Colégio, romance juvenil de Luis Eduardo Matta.
Atlantis, romance de David Gibbins.
Morte na Atlântida, romance de Clive Cussler.
É possível ver uma identificação da Númenor de Tolkien com Atlântida. Os dúnedain, dentre os quais se destaca Aragorn, eram descendentes dos Númenorianos. Aragorn se torna rei de Gondor, reino cujos reis descendiam de Númenorianos. O conto sobre a queda de Númenor tem o nome de Atallänte.
Robert E. Howard escreveu sobre Kull, rei da Atlântida. Os cimérios, dentre os quais se destaca Conan, eram descendentes dos atlantes.
O desenho animado Atlantis: The Lost Empire da Disney narra a redescoberta de Atlântida.
O anime Fushigi no umi no Nadia que é baseado no romance de Julio Verne.
Em Futurama, a Atlântida é formada pelos sobreviventes de Atlanta.
As séries televisivas Stargate SG-1 e Stargate Atlantis, retratam uma cidade criada pelos "Antigos", que seriam o povo que construiu a cidade. Nesta série, "os Antigos" (os Atlantes) saíram da Terra, milhares de anos, em uma "Cidade Nave" chamada Atlantis e passam a viver em um planeta na galáxia de Pegasus.
Em As Crônicas de Nárnia, O Sobrinho do Mago, há anéis que, segundo um personagem, vieram de Atlântida.
No jogo Tomb Raider: The Atlantean Scion e em seu remake Lara Croft Tomb Raider Anniversary, a arqueóloga Lara Croft recupera um valioso artefacto nessa mesma ilha, mas esta última explode. Em "Tomb Raider Underworld" há referências à ilha da mesma forma.
A Lucas Arts produziu em 1994 o jogo Indiana Jones and The Fate of Atlantis, onde o herói impedia que artefatos atlantes caíssem em mãos nazistas.
Na série de Animes Yu-Gi-Oh! Duel Monsters na quinta temporada, aparece o antigo rei de Atlantis, Dartz que quer roubar as almas de humanos para ressuscitar seu deus, o grande Leviatan.
A Microsoft produziu em 2002 o jogo Age of Mythology e em 2003, Age of Mythology the Titans, em que se joga com um comandante atlante, Arkantos, em várias batalhas.
Também referida na banda desenhada Blake & Mortimer, edição de 1957, com o título em português O Enigma da Atlântida
No livro brasileiro a BATALHA DO APOCALIPSE, do autor Eduardo Spohr, há referência a esta civilização em contraposição com a civilização de Enoque. Neste universo fictício, esta civilização é destruída pelo Dilúvio.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Egito
Bem vocês já devem conhecer piramedes do egito bla bla bla
vamos saber um pouca sobre elas:
História das piramedes
As pirâmides foram construídas há mais de 2.500 anos e até hoje causam grande fascínio no homem, por vários motivos. Entre eles o facto de terem resistido a tantos anos, e a sua construção perfeita; sendo que entre os blocos de pedra não se consegue sequer introduzir uma folha de papel, tamanha a perfeição de sua sobreposição. Com mão-de-obra escrava, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 10 anos. Ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide. A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences. Somente os faros e alguns sacerdotes tinham condições económicas de preservar o seu próprio corpo através da mumificação. Os constructores das pirâmides, eram sacrificado apos a construção das mesmas, para que não revelassem o segredo que lá continha, e principalmente as armadilhas que la dentro estavam construídas, para evitar o acesso de saqueadores ao tumulo e aos pertences la guardados.
Logo, estas construções tinham de ser bem resistentes, protegidas e de difícil acesso. Quanto maior fosse a pirâmide, maior o poder e glória do faraó. As maiores pirâmides egípcias são as dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos em Gizé.
Quéops - Foi um faraó do Egito. Ele reinou por volta de de 2551 a.C. a 2528 a.C.. Foi lembrado como um faraó cruel e sem piedade. O faraó Quéops também foi o responsável pela construção da maior pirâmide de Gizé ,que são as únicas das sete maravilhas do mundo antigo ainda existentes.
Quéfren - Também foi um faraó egipcio .Ele construiu a segunda maior das pirâmides de Gizé, a Pirâmide de Quéfren, a Esfínge de Gizé e um templo, que é o único exemplo de templo remanescente do período .
Miquerinos - O faraó Miquerinos reinou pouco tempo, por este motivo não teve tempo de concluir sua pirâmide. A Pirâmide de Miquerinos é a menor em tamanho e a terceira dentre as mais famosas pirâmides do mundo antigo. Com a sua morte a pirâmide foi terminada às pressas, e foi usado material de qualidade inferior.
Arte egipsia
Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
ARQUITETURA
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.
As características gerais da arquitetura egípcia são:
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
Mastaba - túmulo para a nobreza; e
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:
Palmiforme - flores de palmeira;
Papiriforme - flores de papiro; e
Lotiforme - flor de lótus.
Para seu conhecimento
Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos.
Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.
Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.
Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.
PINTURA
A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.
Suas características gerais são:
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e
Demótica - a escrita popular.
Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.
Para seu conhecimento
Hieróglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo.
Mumificação: a) eram retirados o cérebro, os intestinos e outros órgãos vitais, e colocados num vaso de pedra chamado Canopo. b) nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes. c) as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio. d) Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização.
Quando a Grande Barragem de Assuã foi concluída, em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países - um total de 40 milhões de dólares - removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés II, encravado na montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma homenagem ao mais famoso e empreendedor de todos os faraós.
Queóps é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil homens, durante vinte anos.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Deserto do Saara é o mais extenso
O deserto mais extenso da Terra é o Saara. Cobre uma área de 7 milhões 780 mil quilômetros quadrados, desde o Mar Vermelho até o Mediterrâneo. Apresenta desníveis espetaculares. Alguns trechos situam-se a 134 metros abaixo do nível do mar; outros registram altura de até 3.300 metros.
Ocupando área menor do que o Maranhão, Japão tem a segunda economia do mundo
O Japão, segunda economia do mundo, hoje em dificuldades, ocupa apenas 377.384 quilômetros quadrados de território – pouco menos que a área total do Estado do Maranhão. Só 20 por cento desse território, constituído por 4.223 ilhas, pode ser cultivado. É formado, na sua maior parte por grandes montanhas pedregosas.
Sapatos feitos de pele de animais deram nome a região da Argentina
A região da Patagonia situada no extremo sul da Argentina foi batizada em 1520, pelo explorador português Fernão de Magalhães, devido a uma característica especial do povo que a habitava. Eram indígenas muito altos que enrolavam os pés em peles de animais selvagens, para protegê-los nas caminhadas. Como esses “sapatos” primitivos deixavam grande pegadas, Fernão de Magalhães apelidou aquelas pessoas de “patagones”, palavra espanhola que significa “pés grandes”.
Mais antiga cidade brasileira
A cidade mais antiga do Brasil é São Vicente, no litoral paulista. Foi fundada por Martim Afonso de Souza em 1532, quando Portugal começou efetivamente a colonizar o Brasil porque aqui precisava implantar a produção de açúcar.
Vítimas do gigantismo têm a vida muito curta e podem atingir 2,40m de altura
O gigantismo é uma anomalia da glândula pituitária que a torna extremamente ativa e provoca o crescimento anormal e acelerado do indivíduo. É preciso fazer a distinção entre pessoas normalmente altas, entre 1 metro e 95 a 2 metros e 10 centímetros de altura, e doentes de gigantismo, que podem atingir até 2 metros e 40 centímetros. Estes têm vida muito curta.
Por que a barrigaFaz barulho quando estamos com fome?
Sempre que o estômago prepara-se para receber alimento as paredes do abdome funcionam como um amplificador, contraindo-se. Este processo costuma acontecer nos horários em que a pessoa está acostumada a comer. Às vezes o barulho é tão forte que parece existir um monstro na barriga do "faminto".
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